É com um largo sorriso que decidimos dar início a esta rubrica no nosso blog. Através dela, iremos dar-lhe a conhecer os rostos dos profissionais Medway.
Os rostos daqueles que prezam diariamente pela sua saúde e bem-estar; que prezam por proporcionarem experiências positivas na sua temida visita ao dentista; e que prezam, essencialmente, por fazerem com que deixe a Clínica com um largo e (ainda mais) bonito sorriso no rosto.
Para além da vida pessoal e profissional do nosso corpo clínico, iremos tentar responder, de forma clara, às principais questões colocadas por si ao “Doutor Google” e tentar desvendar e esclarecer algumas crenças e mitos enraizados na área da medicina dentária.
Começamos esta rubrica com a Dra. Daniela Paiva, Diretora Clínica da Medway.
É médica dentista ortodontista há 10 anos e, para além das suas funções clínicas, é ainda mãe, esposa, professora universitária e aluna doutoranda. Desdobrada em vários ofícios, confidencia-nos ser uma pessoa “totalmente feliz e realizada” a nível pessoal e profissional.
P: Qual a razão para ter escolhido medicina dentária e, mais tarde, ortodontia?
DP: Medicina Dentária por ser uma área da saúde, o que me permite, todos os dias, ajudar. Ortodontia porque me permite, facilmente melhorar a auto-estima de alguém, a sua qualidade de vida e o seu sorriso.
P: Qual a sua paixão?
DP: A minha maior paixão é comunicar e conviver com pessoas.
P: Qual foi o acontecimento da sua vida que mais a marcou?
DP: Sentir que fiz a escolha certa a 3 níveis: casar, ter filhos e saber que escolhi a profissão certa.
P: O que sonhava ser quando era criança?
DP: Sonhava ser pediatra. E no fundo, através da ortodontia e da odontopediatria, consegui aliar a parte da medicina e saúde, ao acompanhamento ortodôntico das crianças, desde cedo.
P: O que mais gosta de ver nas outras pessoas?
DP: Não é por ser médica dentista, mas o que mais gosto de ver nas outras pessoas é o sorriso e a gargalhada.
P: Qual foi o momento mais importante da sua vida profissional?
DP: Ao longo dos anos, fui sentindo que estava a conseguir sentir-me realizada em vários aspetos, a nível profissional. Conseguir conciliar a parte clínica em consultório, com o lecionar em faculdade e, em simultâneo, evoluir a nível de estudos e carreira académica (tirar o mestrado e entrar no doutoramento) permitiram-me concretizar os objetivos que sempre tive.
P: Como é ser professora e que relação mantém com os alunos?
DP: É muito giro. Apesar de adorar estar com os pacientes e fazer a prática clínica, lecionar, permite-me sair da rotina do dia-a-dia e complementar essa rotina com o ensino e a transmissão de conhecimentos aos alunos de uma forma descontraída. Não só ensinar o que está nos livros, porque isso aprenderiam sozinhos, mas transmitir-lhes alguma experiência que fui adquirindo ao longo dos últimos anos. Penso que consigo criar empatia e abertura com os alunos, o que lhes permite, aprenderem de uma forma mais divertida.
P: Qual o caso clínico que mais a marcou?
DP: Todos os casos me tocam de alguma forma. Não é um caso clínico em concreto, mas atender as grávidas e poder mais tarde, receber os filhos na consulta de dentária, é algo que me marca, porque acompanho a evolução da criança desde a barriga da mãe. É importante ter cuidados com a dentição da mãe para que a criança, ou o feto, não venha a ter, mais tarde, problemas. Isso para mim, é muito interessante e felizmente, muitas vezes tenho o privilégio de seguir as crianças desde que nascem.
P: Dizem que a prevenção é o melhor remédio. Qual a dica que dá para se evitar o uso de aparelho dentário?
DP: Escovar os dentes é o primeiro passo para não precisar de usar um aparelho mais tarde. Se escovar os dentes vai prevenir as cáries, o que previne a perda dentária. Se previne a perda dentária, pode não vir a ter problemas de espaço, o que é primordial para ter os dentes alinhados.
P: Quais os principais impactos e consequências que os dentes tortos podem ter?
DP: São vários. Vão desde a parte estética, tendo impacto a nível da auto estima da pessoa, que embora não seja o mais importante, pode ter grande relevo. Situações como o apinhamento podem causar dificuldades na escovagem, o que pode levar a problemas de inflamação e sangramento das gengivas. Mais tarde, podem ainda surgir outros problemas mais graves, como dores na articulação, problemas que se vão tornando com o passar do tempo, muito mais complicados para serem resolvidos.
P: Como posso saber se tenho problemas ortodônticos?
DP: Se apresentar sinais como apinhamento dentário, dores ao abrir e fechar a boca, questões estéticas que não goste de ver no seu sorriso, dificuldade em escovar, gengivas inflamadas, são alguns exemplos da necessidade de correção ortodôntica. Nada melhor do que fazer uma consulta inicial de avaliação / check-up com a especialidade, para avaliar qual o seu caso clínico e se, efetivamente, existe a necessidade, seja a nível estético ou funcional, de correção com aparelho ortodôntico.
Vamos agora colocar-lhe algumas das questões mais procuradas pelas pessoas no Google, relativamente à área de ortodontia.
P: Usar aparelho dentário provoca dor?
DP: Hoje em dia, com a evolução dos aparelhos ortodônticos, a dor já não é um problema. Há uns anos atrás sim, podemos dizer que os aparelhos provocavam dor, mas hoje, os aparelhos são mais fisiológicos, provocando uma dor muito pacífica. Apenas se sente uma ligeira pressão nos dentes que pode levar a um desconforto inicial, que com o passar do tempo, acaba por desaparecer.
P: Qual a duração do tratamento?
DP: Com a evolução dos aparelhos ortodônticos que já referi anteriormente, a duração dos tratamentos também tem vindo a diminuir. Em média, a duração do tratamento é de 2 a 2 anos e meio. Este tempo será sempre necessário. É um tratamento em que convém ter alguma prudência e cautela para não haver recidivas.
P: Há uma idade mínima ou máxima para usar o aparelho?
DP: A partir dos 7/8 anos, altura em que começam a surgir os primeiros dentes definitivos é frequente termos de ajudar, para que o problema ortodôntico, que pode já estar instalado, não se agrave com o tempo e com o desenvolvimento da dentição. No entanto, noutros casos quando o problema não está tão avançado aguardamos para a fase em que exista a dentição definitiva. O ideal será sempre uma avaliação ortodôntica na fase dos 7/8 anos para que possamos acompanhar o crescimento da criança e intervir na melhor fase, de forma a que o problema ortodôntico não agrave. Muitos dos casos que são acompanhados desde cedo, evita-se mais tarde, a cirurgia em adulto.
Quanto à idade máxima, não podemos dizer que exista, desde que estejam reunidas as condições para que os dentes do paciente sejam movimentados, pode ser executado em idades avançadas.
Seja em que idade for, todos temos direito a ter os dentes alinhados e cada vez mais, com a evolução das técnicas e dos materiais, é possível usar aparelho e corrigir a dentição ortodonticamente.
P: Qual o preço de um aparelho dentário?
DP: O preço praticado pela Medway é de 2.150€. Este valor contempla todo o tratamento ortodôntico, nomeadamente o aparelho ortodôntico, as consultas de controlo e as contenções no final do tratamento.
Este valor é fixo. Praticamos uma política de orçamento fechado porque acreditamos que é vantajoso para o paciente e evita surpresas. Independentemente da duração do tratamento, o paciente sabe que é aquele valor que vai pagar, seja a duração do tratamento de 1, 2 ou 3 anos.
P: Aparelho convencional, Aparelho Damon ou Aparelho Invisalign?
DP: O aparelho convencional ainda se usa bastante, hoje em dia. No entanto, o aparelho da marca Damon veio melhorar a qualidade do tratamento para o paciente, tanto em termos de dor, como em termos de rapidez do tratamento. Como sabemos, os aparelhos ortodônticos Damon são mais fisiológicos, com forças mais leves, o que torna todo o tratamento muito mais confortável para o paciente, nesse sentido veio permitir a evolução do tratamento em vários aspetos comparativamente ao aparelho convencional.
Quanto ao aparelho Invisalign, a diferença passa sobretudo, pela parte estética. O Invisalign acaba por ser mais discreto e proporcionar mais conforto aquando da mastigação.
Para terminar, vamos tentar desmitificar algumas crenças e mitos existentes na área de ortodontia.
P: O uso tardio da chupeta pode levar a problemas ortodônticos.
DP: Verdade. O uso da chupeta pode levar a alterações da arcada e alterações no maxilar e, consequentemente, a alterações ao nível do alinhamento dos dentes. Claro que cada criança é única e uma criança que use chupeta até aos 3 ou 4 anos não quer dizer que vá ter, obrigatoriamente, problemas ortodônticos. Mas, de uma forma geral, o uso de chupeta até aos 2 anos é o que está preconizado para evitar consequências a nível dentário.
P: As grávidas não devem utilizar aparelho ortodôntico.
DP: Falso. Não há qualquer problema em usar aparelho ortodôntico durante a gravidez.
P: Os dentes têm memória, pelo que o uso do aparelho dentário é inútil.
DP: Falso. Os dentes têm memória, mas se o tratamento ortodôntico for o adequado, corretamente executado e controlado, o uso de aparelho ortodôntico não é inútil. É também importante que haja colaboração por parte do paciente não só durante, mas também após o tratamento com o uso das contenções.
P: Dentes tortos são uma questão meramente genética.
DP: Não necessariamente. A partir do momento em que uma possível cárie dentária pode levar a uma perda dentária e, consequente alteração da posição dos dentes, podemos concluir que ter problemas ortodônticos não se trata meramente de uma questão genética.
Esta é a história por detrás do rosto e do sorriso da Dra. Daniela, cujo propósito é fazer com que todos os seus pacientes esbocem um sorriso aberto, de preferência, com os dentes alinhados.
Já foi ou é seguido pela Dra. Daniela Paiva? Deixe as contenções e conte-nos a sua experiência, mostre-nos o sorriso que construiu com a ajuda da Dra. Daniela!